INTRODUÇÃO
Atualmente é difícil
abordar o tema educação sem considerar as novas tecnologias de informação e
comunicação, principalmente a informática que ocupa um espaço cada vez maior
nas reflexões e práticas educativas. As transformações sociais, econômicas e
tecnológicas impõem novas formas de ensinar e aprender. Estamos em plena “Era
da Informação e Tecnologia”, o mundo está passando por várias transformações e
somos surpreendidos por um mar de informações que nos chegam de forma tão
rápida e inesperada, da mesma forma que se tornam obsoletas.
As inovações tecnológicas
evoluem em uma velocidade consideravelmente rápida e trazem mudanças na relação
de trabalho, na forma de aprender e de relacionar das pessoas, exercem
influencias sobre a economia e a política e cada vez mais é necessária a
presença de mecanismos interativos que auxiliem nas tomadas de decisões.
“Lemos, com frequência,
que as tecnologias vão reencantar a educação e que elas estão provocando
profundas mudanças em todas as dimensões de nossas vidas. No entanto não são as
tecnologias que estão mudando nossas vidas, mas, os usos múltiplos e
diferenciados que estamos fazendo delas”.
Trabalhar com educação, na
chamada “Era da Informação e Tecnologia”, significa inserir e utilizar cada vez
mais como ferramenta pedagógica às novas tecnologias de informação e
comunicação, e neste sentido, as escolas já estão reavaliando o seu papel no que
se refere a construção do conhecimento.
A introdução do computador
nas escolas municipais, proliferaram inúmeros programas voltados ao
entretenimento e educação (Produtos de software educacional) que, utilizados
como ferramentas didático-pedagógicas para o desenvolvimento do processo
ensino-aprendizagem, vêm possibilitando múltiplas formas de tratar o
conhecimento e criar ambientes mais dinâmicos de aprendizagem.
A Inclusão Digital é
crescentemente incorporada ao processo ensino-aprendizagem como mediação entre
o indivíduo e o conhecimento. Por meio de Oficinas de Informática na Educação
explorando os laboratórios de informática, a tecnologia fica ao alcance de
alunos e professores, podendo estes usufruir das diversas ferramentas que o
computador oferece.
O desafio se traduz em
aceitar que esses ambientes são compostos de um modo próprio de apresentação e
representação do conhecimento, congregando diversos aportes tecnológicos como o
informático, o audiovisual e o textual e, com base nisso, propor modos de aplicação
que respondam às questões e necessidades pedagógicas da escola.
Três pilares formam um
tripé fundamental para que a inclusão digital aconteça: TIC’s, renda e
educação. É fácil prever que sem qualquer um desses pilares, não importa qual
combinação seja feita, qualquer ação está fadada ao insucesso. As escolas constituem também componentes
essenciais à inclusão digital uma vez que diversos protagonistas (professores,
alunos, especialistas membros da comunidade) atuam em conjunto para o processo
de construção de conhecimento. Pode-se notar que os três pilares do tripé da
inclusão digital devem existir em conjunto para que ela ocorra de fato.
De nada adianta acesso às
tecnologias e renda se não houver acesso à educação. Isto porque o aluno com
acesso a computadores deixa de ter um mero papel “passivo” de consumidor de
informações, bens e serviços, e então passa também a atuar como um produtor (de
conhecimentos, bens e serviços).
Prossegue dizendo que
proporcionar educação nas escolas a alunos disponibilizando a eles acesso a
informática é fundamental para o conhecimento e para o futuro dos alunos já que
nos dias atuais o computador está diretamente relacionado ao dia-a-dia de todos
nós seres humanos.
2.
DESENVOLVIMENTO
2.1 INCLUSÃO DIGITAL
A expressão Inclusão
Digital nasceu do termo "digital divide", que em inglês significa
algo como "divisória digital". Hoje, a depender do contexto, é comum
ler expressões similares como democratização da informação, universalização da
tecnologia e outras variantes parecidas e politicamente corretas”.
A inclusão digital
significa também, antes de tudo, melhorar as condições de vida de uma
determinada região ou comunidade com ajuda da tecnologia. Em termos concretos,
incluir digitalmente não é apenas "alfabetizar" alunos em
informática, mas também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos
computadores.
A inclusão digital e o
combate à exclusão social e econômica estão intimamente ligados, em uma
sociedade onde cada vez mais o conhecimento é considerado riqueza e poder. Se
há um consenso a respeito do que é inclusão digital é o de que o
desenvolvimento socioeconômico e político deste início de século XXI passam
também pelo domínio das chamadas TIC’s — tecnologias de informação e
comunicação.
A inclusão digital deve
favorecer a apropriação da tecnologia de forma consciente, que torne o
indivíduo capaz de decidir quando, como e para que utilizá-la. Do ponto de
vista de uma comunidade, a inclusão digital significa aplicar as tecnologias a
processos que contribuam para o fortalecimento de suas atividades econômicas,
de sua capacidade de organização, do nível educacional e da auto-estima de seus
integrantes, de sua comunicação com outros grupos, de suas entidades e serviços
locais e de sua qualidade de vida.
2.2 A IMPORTÂNCIA DA
INCLUSÃO DIGITAL
O acesso às tecnologias da
informação e da comunicação, também chamado inclusão digital, está diretamente
relacionado, no mundo atual, aos direitos básicos à informação e à liberdade de
opinião e expressão. A exclusão digital é uma das muitas formas de manifestação
da exclusão social. Não é um fenômeno isolado ou que possa ser compreendido
separadamente, pois se trata de mais uma conseqüência das diferenças já
existentes na distribuição de poder e de renda.
A inclusão digital não se
resume à disponibilidade de computadores e de telefones, mas a capacitação das
pessoas para o uso efetivo dos recursos tecnológicos. Para ser incluído
digitalmente, não basta ter acesso a computadores conectados à Internet, também
é preciso estar preparado para usar estas máquinas, não somente com capacitação
em informática, mas com uma preparação educacional que permita usufruir de seus
recursos de maneira plena.
As tecnologias da
informação e da comunicação TIC’s, precisam se tornar ferramentas que
contribuam para o desenvolvimento social, intelectual, econômico e político do
cidadão.
A inclusão digital não
beneficia somente o aluno. Uma escola com colaboradores incluídos consegue se
comunicar com a equipe de forma mais eficiente e mais barata e pode tirar maior
proveito de seus investimentos em tecnologia. E estas vantagens também se
refletem na competitividade e na eficiência do próprio País
Estas tecnologias têm o
potencial de aproximar o real do virtual, o visual do sensorial, o conhecimento
acadêmico do operativo, tornando esses ambientes mais interativos, concretos e
dinâmicos para a tarefa de aprender com as tecnologias informatizadas.
A introdução do computador
na aprendizagem impõe um desafio aos educadores, administradores, especialistas
e desenvolvedores de Produtos Educacionais Informatizados (PEI): fazer evoluir
os conceitos, valores, princípios e processos tecnológicos para melhor se
adequarem e se ajustarem os objetivos da formação pedagógica aos objetivos do
aprendiz.
Nesse sentido ainda se
afirma que: o uso do computador na educação é hoje um produto cultural novo de
consumo inevitável. Suas aplicações seja no ensino da informática, em
atividades de treinamento e capacitação profissional, no uso das redes de
comunicação como meio de aprendizagem presencial e à distância e nos próprios
softwares educacionais com seus recursos, conteúdos e projeto educativo, são
crescentemente incorporados ao processo educacional.
2.3 A IMPORTÂNCIA DA
INFORMÁTICA
APLICADA NA EDUCAÇÃO
O uso da informática como
ferramenta de ensino torna-se cada vez mais frequente. O crescente
desenvolvimento da área de Sistemas de Informação chama a atenção para o uso
das ferramentas de Informática na Educação dentro das atividades curriculares
das escolhas de ensino fundamental e médio.
Para a implantação da informática na educação
são necessários basicamente quatro ingredientes: o computador, o software
educativo, o professor ou profissional capacitado para usar o computador como
meio educacional e o aluno. Todos eles têm igual importância e cada qual possui
suas particularidades.
2.4 A IMPORTÂNCIA DA
INTERNET NA
INCLUSÃO DIGITAL
O que se chama Internet é,
na verdade, um conjunto de redes de computadores que possa se comunicar entre
si. Pode-se dizer que a Internet é a rede das redes em que dezenas de milhares
de computadores falam um com os outros através de uma linguagem (protocolos de
comunicações) comum”.
A importância da internet
não pode deixar de ser referenciada, pois com ela podemos promover algumas
questões importantes para atualidade da era digital de todos inclusive de
alunos e professores como a localização de informações e a comunicação.
As diversas redes que
compõem a internet são operadas por múltiplas e diferentes organizações, desde
universidades, na educação, organismos governamentais, instituições de
pesquisa, instituições militares e empresas.
A internet é uma grande
aliada para atingirmos um futuro com sucesso. Nesse sentido enfatiza: “O que
temos hoje é apenas uma pequena simulação da economia do futuro, com isso
precisamos educar nossos filhos e promover a educação de nossos alunos com uma
visão de futuro.”
Os jovens devem ser
estimulados a localizar e pesquisar informações, a tratá-las e criticá-las e
por fim, a se comunicar. Na educação, a internet, por exemplo, traz um
potencial inovador ímpar, pois permite superar as paredes da sala de aula, com
a troca de idéias com alunos de outras cidades e países, intercâmbio entre os
educadores, nacional e internacionalmente, pesquisa on-line em bancos de dados,
assinatura de revistas eletrônicas e o compartilhamento de experiências em
comum. Este novo ambiente de aprendizagem, que não reside mais apenas na
escola, mas também nos lares e nas empresas, traz novos desafios para os
educadores, agora mais do que nunca.
2.5 A IMPORTÂNCIA DO
COORDENADOR DO
LABORATÓRIO DE INFORMATICA
Para introduzir a
Informática na escola, não basta ter um laboratório equipado, professores
treinados e um projeto pedagógico. A experiência mostra que sem a figura do
coordenador de Informática o processo “emperra. Segundo Lopes, o coordenador é
considerado a peça principal do processo, onde ele não deve ter apenas uma
formação técnica. Muitas escolas contratam técnicos pelo seu baixo custo. Esse
profissional deve ter uma formação pedagógica, uma experiência de sala de aula.
Não necessita ser um pedagogo, mas que tenha um envolvimento com o processo
pedagógico. Deve ser capaz de fazer uma ponte entre o potencial da ferramenta
(software educativo) com os conceitos a serem desenvolvidos.
O coordenador não é apenas
um facilitador, mas o coordenador do processo, ele deve perceber o momento de
mudar de etapas e de propiciar recursos necessários para impulsionar as
engrenagens do processo, como por exemplo: a formação de professores e recursos
necessários, como produtos de software.
O coordenador do
laboratório de Informática dever estar atento e envolvido com o planejamento
curricular de todas as disciplinas, para poder sugerir atividades pedagógicas,
envolvendo a Informática. Entretanto, sem apoio da coordenação ou da direção,
não terá força para executar os projetos sugeridos.
O coordenador de
informática deve:
Ter uma visão abrangente
dos conteúdos disciplinares e estar atento aos
projetos pedagógicos das
diversas áreas, verificando sua contribuição;
Conhecer o projeto
pedagógico da escola;
Ter uma experiência de
sala de aula e conhecimento de várias abordagens de aprendizagem;
Ter a visão geral do
processo de aprendizagem e estar receptível para as devidas interferências
nele;
Perceber as dificuldades e
o potencial dos alunos, para poder instigá-los e
ajuda-los;
Mostrar para o aluno que o
Laboratório de Informática deve ser extensão de
sua sala de aula e esta
deve ser dada por ele e não por uma terceira
pessoa;
Pesquisar e analisar os
produtos de software educativo;
Ter uma visão técnica,
conhecer os equipamentos e se manter informado
sobre as novas atualizações;
Estar constantemente
receptível a situações sociais que possam ocorrer.
Portanto, implementar a
Informática educativa não significa simplesmente introduzir o computador e
produtos de software educacional nas escola. O software deve ser utilizado dentro
de um contexto e inserido em projetos, visando o desenvolvimento integral do
aluno, as múltiplas inteligências e a criatividade.
CONCLUSÃO
Podemos concluir que a
inclusão digital não é apenas o acesso às tecnologias e a sua utilização. Ela
esta inteiramente ligada à motivação e à capacidade para a utilização das
Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) de forma crítica e
empreendedora, superar os desafios, que incluem barreiras tais como má
distribuição de renda, baixa taxa de escolaridade e limitação do próprio
conhecimento.
Para obter o sucesso, é necessário desenvolver
estratégias inclusivas dentro da própria escola, facilitando assim o acesso dos
alunos a essa Tecnologias da Informação e Comunicação. Portanto a inclusão
digital nas escolas deve ser inserida de maneira com que os alunos queriam
através das tecnologias, buscar conhecimento, e é de fundamental importância
que o coordenador do laboratório tenha conhecimento adequado par lidar com as
adversidades que possa vir a encontrar.
REFERÊNCIAS
ARGENTO, Heloisa Teixeira.
O Uso do Computador na Educação Infantil: Algumas Sugestões. Disponível em:
<http://www.trendnet.com.br/users/harge nto/info.htm>. Acesso em: 04 Nov.
2013.
CRUZ, Renato. O que as
empresas podem fazer pela inclusão digital. São Paulo: Instituto Ethos, 2004.
Disponível em: <http://www.cdi.org.br/manual/inclusao.pdf>. Acesso em: 05
Nov. 2013.
LOPES, José Junio. A
Introdução da Informática no ambiente Escolar. Disponível em:
<http://www.gilian.escolabr.com/crte/webquest/edutic/textos/info
_escola.doc>. Acesso em: 05 de nov. 2013.
REBELO, Paulo. Folha de
Pernambuco. Inclusão Digital: O que é e a quem se destina. Disponível
em:<http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/id/2443>. Acesso em: 27
out. 2013.
TAJRA, Sanmya Feitosa.
Informática na Educação. São Paulo: Ed. Érica, 5ª ed. 2004.
FONTE: http://www.webartigos.com/artigos/inclusao-digital-nas-escolas-o-uso-da-tecnologia-na-educacao/115144/
Publicado em 07 de
novembro de 2013 por Laura Da Silva Augusto Orlando, Alciene Dos Santos Barbosa
Morais, Ana Maria Dos Santos Barbosa Khippaiz
Imagens: Google Imagens
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